Uma escola inclusiva tem por objetivo garantir a todos os alunos a mesma possibilidade de formação integral oferecida a todos os estudantes, independentemente se esses possuem transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades ou alguma deficiência física ou mental. 

Agora vamos analisar: o aluno cadeirante, por exemplo, depende no mínimo de mobilidade, seu direito de ir e vir, porém, em algumas escolas, a biblioteca, a sala de informática ou de aula, são no segundo andar e não tem elevador ou rampa de acesso.  Ah, mas os colegas e professores o carregam! Tudo bem, gesto, nobre! Mas onde ele está incluído? Não, ele está dependente da vontade alheia, sendo cerceados seu direito de ir e vir livremente. 

Alunos com transtornos globais de desenvolvimento, geralmente necessitam acompanhamento diferenciado em sala de aula, para que esse direito que está previsto na lei número 8.069, do estatuto da criança e do adolescente seja respeitado, muitas vezes, os pais/responsáveis tem que entrar com processo judicial para que seja cumprido o que a lei já determinou. 

 Onde está a garantia da lei quando o aluno surdo não tem intérprete na rede regular de ensino ou não há o profissional que auxilia o aluno com deficiência visual, intelectual...  Falar sobre inclusão é fácil, no papel tudo fica lindo, mas na prática não funciona com tal “beleza”, e os pais que lutem e os alunos que sofram. 

O descaso nem sempre é uma questão apenas política, é cultural e passa muitas vezes ao nível da apatia, do descaso mesmo. Esses alunos ficam jogados lá na escola, invisíveis, abandonados, em alguns casos os professores que já se desdobram em salas lotadas com 20, 30 alunos, ainda se disponibilizam a fazer o máximo que conseguem para ajudar, auxiliar e manter esse aluno com necessidades especiais, incluso, em outros casos, nem isso. 

Se a EDUCAÇÂO é um direito de todos, como explicar porque  essa matemática não fecha ?  como explicar Quem inspeciona e tem o poder (obrigação) de fiscalizar e resolver essas questões? 

 Acessibilidade, acompanhamento, investimento, resolveriam boa parte dessa situação, mas deixo algumas perguntas importantes: Por que essa matemática não fecha? De quem é a responsabilidade quando a educação prevista na Constituição Federal será colocada em prática? Quando o ser, dito humano vai olhar para o outro e se solidarizar? Quando vamos compreender que o mundo precisa de atitudes e empatia?